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Doenças das Paratireoides

jun 22, 2018 | Artigos, Conteúdo para pacientes, Doenças, Novidades

As paratireoides são pequenas glândulas que estão localizadas na região cervical. Normalmente apresentam-se em número de quatro, sendo duas acima e duas abaixo da tireoide. Existem casos de pessoas com um número maior de paratireoides, como sete ou oito glândulas. Elas são responsáveis diretas pelo controle do metabolismo do cálcio. Sua função pode ficar prejudicada após uma tireoidectomia, por isso que o paciente que passa pelo procedimento pode apresentar câimbras no período de recuperação.

Os casos de hiperparatireoidismos primários ocorrem quando uma das glândulas libera em excesso seu hormônio, o paratormônio (PTH), é ele que controla o cálcio que deve ficar e ser eliminado do nosso organismo. A produção exagerada de paratormônio (PTH) pode levar a uma osteoporose precoce, pois ele causa a retirada de cálcio dos ossos, e em consequência ocorre uma grande filtração renal, levando à formação de cálculos de repetição. O cálculo que repetição é a manifestação mais comum, porém o aumento da circulação de cálcio no sangue pode causar também alterações comportamentais e cardiológicas.

Os casos de hiperparatireoidismos secundários ocorrem quando todas as glândulas estão comprometidas por alterações metabólicas, levando ao seu hiperfuncionamento. A insuficiência renal crônica é causa mais comum onde ocorrem casos de hiperparatireoidismos secundários. Nos pacientes que passam por diálise, o hiperfuncionamento das glândulas pode levar a um quadro de dor óssea, podendo ser de forte intensidade, além de causar deformidades importantes e fraturas patológicas.

O diagnóstico de casos de hiperparatireoidismo normalmente se caracteriza pela dosagem elevada do hormônio PTH no sangue. Nos casos de hiperparatireoidismo primário os níveis de cálcio também estarão elevados e com uma ultrassonografia será possível visualizar uma a presença de cálculos na via urinaria. Para fechar o diagnóstico é solicitado uma Cintilografia de Paratireoides, ela mostra a hipercaptação da glândula doente.

Já nos casos de hiperparatireoidismo secundários, mesmo com níveis de PTH elevados, os níveis de cálcio podem ser normais. Por isso é importante se observar os níveis de fósforo no organismo, pois eles também aumentam, e quando existe o aumento da relação Cálcio e Fósforo, também aumentam os riscos de calcificações patológicas em diversas regiões do organismo. Através de uma cintilografia será possível observar um aumento de captação de todas as glândulas.

O tratamento do hiperparatireoidismo primário é feito através de cirurgia, onde é feita a remoção do tecido doente, seguido de uma biopsia de congelação e de observação dos níveis do PTH no sangue ainda no intra operatório, já que sua meia-vida é muito curta após ressecção completa da lesão.

Já o tratamento para os casos de hiperparatireoidismo secundário é bem mais complexo, e deve ser feito com interação de um médico nefrologista que em geral trata de pacientes que fazem diálise. Todo o tecido doente terá que ser removido, ou seja, todas as paratireoides, fazendo a preservação de partes delas através de um auto implante muscular, como também deverá ser realizada a criopreservação de material, para caso o paciente necessite no futuro de uma maior quantidade de tecido, caso ocorra um caso de hipoparatireoidismo refratário.

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Os profissionais da NICAP estão à disposição para tirar suas dúvidas.